quinta-feira, 17 de maio de 2012

Toda mudança deveria começar com uma caixa de livros


Encaixotar é como rever, selecionar, classificar e guardar lembranças. E mesmo que rapidamente, devemos abrir, folhear e reler alguns trechos. Reacomodar as palavras e pensamentos. Escolher o que vai, o que fica esperando seu retorno e do que você pode abrir mão definitivamente. Mudar é, de uma forma ou de outra, um exercício de desapego. Acredito que deveríamos mudar mais, muito mais. Talvez devêssemos mudar todos os anos, meses, dias. Esse mesmo processo que vai produzir sua primeira caixa de livros, vai se repetir com todas as outras coisas, concretas ou abstratas. É como se aos poucos você fosse soltando os sacos de areia que te prendem ao chão.
Saiba que sua missão não é só encaixotar coisas mas sim tentar compreender o que é essencial para o movimento e o que é apenas acessório. É também aceitar que talvez muito do que ficará, não fará mais sentido no seu retorno. Mas sua missão mais importante mesmo é saber abrir mão do que não é mais necessário. 
Atente-se para o fato de que nem tudo que não é mais necessário é ruim, nocivo, supérfluo ou inócuo. Há o que você pode deixar ir simplesmente porque já foi absorvido, já faz parte daquilo que você carregará sem peso pela vida afora. E talvez esse entendimento seja o maior benefício das mudanças.

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