quinta-feira, 8 de novembro de 2012


Toda primeira quarta-feira do mês Paris ainda faz soar suas sirenes de alerta.
Talvez para os Parisienses seja algo tão cotidiano que não desperte mais nenhum estranhamento.
Mas sobre nós, os outros, os forasteiros, os aventureiros, os passageiros, essa enorme população flutuante de Paris, uma sirene de guerra é uma sirene de guerra.
E é também um estopim para uma explosão de pensamentos. Isso me faz lembrar que em Paris é impossível não rever constantemente o passado, impossível não revisitá-lo.
Nas coisas mais banais, como o ranger do assoalho do parquet dos clássicos apartamentos parisienses. Eu não passo de uma recém chegada curiosa e nostálgica, mas cada dia mais eu percebo que Paris é realmente um presente que não pára de passar dentro de um passado que se conserva, que permanece, que não pára de ser e por onde todos os presentes passam.

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